domingo, 10 de maio de 2009

Pãe.

"Mamãe querida, meu coração por ti bate como creme de abacate"

Eu nunca fui muito de fazer posts relacionados à datas comemorativas. Mas esse ano, como a grana está curta e eu fiquei sabendo que minha mãe lê meu blog, cá estou para dizer para mamis o quanto eu sinto por esse ano não ter lhe dado presente. Não que ela não mereça, ela sabe que eu daria a ela uma baleia se ela quisesse (eu pensei em baleia pelo tamanho do bicho, por ser proporcional a todo meu amor!). Ela melhor do que ninguém sabe dos perrengues que passamos em nossa humilde e conturbada vidinha, talvez a falta do regalo e uma baleia na nossa piscina fosse o "menor" deles.

E é sobre o tamanho desse amor que eu queria tagarelar. Não melhor não...seria falar demais! Ou se eu tentasse explicar usando baleias, elefantes e dinossauros como comparação, a coisa não ficaria boa para o meu lado. Então eu posso dizer o porquê de tanto amor, e não é um sentimento obrigado ou imposto pelo simples fato de ela ser a minha mãe, e pela ordem e natureza das coisas, a lógica seria eu ama-la e pronto. Também não é uma questão de dar valor, sendo que tantas pessoas não tem mãe e eu tenho, nem de agradecimento por ela ter sofrido as dores do parto, me colocado no mundo, trocado minhas fraldas, me alimentado até que eu pudesse largar a mamadeira e a chupeta por "sukutian" (sutien) e "moke" (esmalte), tão pouco por eu ser tão parecida com ela fisicamente a ponto de confundir esse sentimento com amor próprio, não, não... meu amor por ela simplesmente acontece.

"Parece você segurando você mesma"

Eu estaria mentindo se eu dissesse que a minha mãe é a melhor mãe do mundo, até porque eu acho uma injustiça tremenda nomear alguém com tal título, ser mãe já é difícil demais, ainda ter que ser a melhor é sacanagem. Mas ela é a melhor que eu poderia ter, e não quero outra em troca nem por um engradado de toddinho. Além de ser pãe (pai + mãe) e cumprir muito bem o seu papel, ela tem uma gargalhada ótima que se eu pudesse eu engarrafava um pouquinho para guardar, dizem também que ela é ótima compainha de banheiros femininos, vai à festa a fantasia, bebe uma garrafa inteira de lambrusco comigo em casa, implica com as minhas saias hippongas, não alcança a máquina de cartão do estacionamento do shopping sem descer do carro, fala de boca cheia, passa vergonha no filho fazendo torcida no jogo de vôlei gritando "eu que fiz!" frenéticamente e apontando para ele, repete a dose na minha formatura registrando a frase em cartaz, briga comigo por eu ser bagunceira, mas me surpreende e não briga comigo quando eu bato o carro, só diz "é! tem que mandar arrumar!", viciada em chocolate, se alimenta mal, não come verdura nenhuma, troca o nome dos filhos e dos cachorros todos, se empolga com os meus namoricos, mas implica com os do meu irmão, aliás implica com muita gente aparentemente sem motivos, mas no final a danada sempre tinha razão.

A verdade é que eu não preciso de motivos para o meu sentimento, só é bom de sentir, de demonstrar e é o mesmo sentimento que eu quero que os meus filhos tenham por mim...e quer saber? Não consigo mais escrever, lágrimas sempre me atrapalham a enxergar.

6 comentários:

  1. Aaaah, mas a Silvana é sensacional!

    E esse negócio de ser pãe é foda (que o diga samãe minha!). =P

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  2. Ain, que post mais lindo... *__*

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  3. Meus parabéns amiga pelo seu trabalho. Sou seu seguidor do seu blog e gostaria que vc tb fosse a minha seguidora do meu blog. Um abraço de Manoel Limoeiro de Recife-PE.

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  4. Sua mae é tão fofa...ainda caso ela com meu pai ;)

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