sexta-feira, 19 de abril de 2013

Um (bom) conselho.




Estive eu pensando em herança. 
Está tão mal de grana assim? Você há de pensar. A resposta tende a ser sim na maioria das vezes, mas não é desse tipo de herança que estou falando. Eu penso mesmo é no legado cultural, recebido a prestações que é pra gente fazer bom uso e não faltar quando precisar.
Nossas percepções de mundo são o tempo todo influenciadas por um turbilhão de coisas, mas acabamos sempre nos deixando levar essencialmente por nossos valores. Aqueles que foram arraigados pelo pai que dá uma bronca como advertência, pela mãe que protege de todos os bicho papões das nossas vidas, ou pelos avós que contam aquelas histórias bonitas com uma moral importante no final.
De toda a herança que eu podia receber, a que eu carrego com todo carinho é a noção do que é o respeito. Até penso que essa virtude maravilhosa, no ranking das "10 mais" da humanidade, está no topo. E eu desconfio também que saber disso ainda vai me levar a algum lugar. 
Já aviso aos interessados à prática do respeito que nem sempre é tarefa fácil, e quase nunca é via de mão dupla. Faz parte do exercício se decepcionar com quem está desprovido desse legado.
Que bom seria se tolerância às diferenças, liberdade de expressão, cumprimento da justiça, cuidado com o meio ambiente, responsabilidade com os sentimentos alheios e uma porção de virtudes na bagagem cultural que tem o respeito como base, pudessem ser alcançadas do dia pra noite. Eu diria que é coleção de uma vida inteira.
Certa vez eu li uma frase que não sei de quem é, tão pouco onde foi escrita, que dizia "Você atrairá o que respeitar".
E nessa altura do meu devaneio, começo a acreditar que se eu me sinto desrespeitada de alguma forma, às vezes a culpa é minha, por não respeitar os meus próprios valores. É difícil colocar as coisas dessa forma, mas talvez seja isso mesmo. De fato desrespeito dói no bolso de quem não tem retorno do governo, na ausência de quem chora por seus mortos de guerra, no rancor de quem foi injustiçado, mas a dor parece ser ainda maior quando é no coração da gente. 
Entretanto, o importante é sempre lembrar que: uma dose de respeito sempre, eu digo SEMPRE, vai bem.

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