sábado, 11 de maio de 2013

As coisas desse mundo.



Hoje eu recebi um cartão postal da Alemanha. Semana passada um da Finlândia. E se há uma pessoa nesse mundo que fica feliz com a correspondência sou eu. 

Acho fantástico chegar em casa e ver pacotes de compras que fiz pela internet, malas diretas, contas pra pagar (essas nem tanto) e agora cartões postais com o meu nome lá escrito, com um vocativo formal ou em uma abordagem bem íntima. Eu me sinto tão especial em pensar "puxa, enviaram pra mim! Só pra mim!". Pense só, despachar alguma coisa pelo correio entre tantos afazeres da nossa vida tão corrida deve significar no mínimo alguma atenção...E acabo de pensar que gostar disso me classifica como alguém muito carente. Vamos continuar antes que eu tire mais alguma conclusão estranha sobre mim.

E então você vai me perguntar porque dentre todas as pessoas especiais que recebem todo tipo de correspondência, eu sou ainda mais especial por receber cartões postais do mundo todo. E eu vou te responder que agora faço parte do Postcrossing, uma espécie de rede social de compartilhamento de cartões postais. 

A princípio eu achei a ideia muito legal e empolgante. Sempre me surpreendo em pensar em globalização, encurtar distâncias extinguir fronteiras e outros bla bla blás. A minha segunda impressão foi a de preguiça de escrever e depois enviar pelo correio, ou seja, fazer com que pessoas ao redor do mundo se sintam especiais me parecia que ia dar um trabalhão. 

Resolvi enviar o primeiro, mais por curiosidade se iria chegar e claro to improve my english. Até porque os destinatários são sorteados e meu primeiro cartão postal foi enviado para a Rússia. É bem do outro lado do mundo e sendo muito prática e muito cética, achei pouco provável que fosse chegar. 

Para minha grande surpresa, o postal chegou depois de 40 dias e recebi uma notificação por e-mail com um recadinho simpático da garota russa que também ficou feliz com a minha atenção com ela, apesar do meu péssimo inglês. Em questão de dias os meus começaram a chegar. Aí é que eu me empolguei de verdade...já enviei 7 e por alguma lei da reciprocidade do universo já recebi 7.

Além de toda essa coisa meio mágica e nostálgica da comunicação através de cartas, estou tendo a oportunidade de conhecer costumes, ler descrição dos lugares; algumas até bem detalhadas; saber como as pessoas vivem, o que elas fazem, recebo moedas correntes dos países, selos e até tickets de transporte  público como forma de talvez entender o porquê daquela pessoa ter gastado seu tempo me escrevendo. 

Não que eu vá fazer amigos pra vida inteira e continuar mantendo contato, mas achei a experiência no mínimo interessante e confesso que viciei. Tenho enviado uma média de uns três postais por mês e sempre fico muito ansiosa por receber os meus. 

E só pra vocês saberem eu tenho amigos de verdade tá? Aqui no Brasil e em Anápolis. E eles não são virtuais. Eu tenho amigos, já disse! rs! 

So...Happy Postcrossing for you guys!



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