quinta-feira, 12 de junho de 2014

Driblando Murphy.


Contrariando o grito da torcida e a empolgação geral verde e amarela, eu não vou falar sobre a copa do mundo. Sei que estou desapontando a você que não tira a vuvuzela da boca e mal pode esperar para ver a escalação do jogadores do time da Itália (o meu dream team, ai ai...). Falar de futebol, infelizmente não é meu forte.

Vim aqui contar sobre o meu relacionamento com o Murphy. Alguns de vocês devem conhecê-lo, talvez não com tanta intimidade como eu, mas o que importa é fazer a ligação do nome à pessoa. Esse cara, obcecado por mim, tem um senso de humor negro e é o tipo de pessoa que ninguém quer por perto.

Como discutia com um amigo querido ontem, a palavra relacionamento parece pesada. Uma pessoa que se relaciona com alguém parece carregar um peso, ou estar cumprindo uma penitência. Eu concordei, e passei a não gostar de usar essa palavra, embora não haja nenhuma outra que descreva tão bem o que eu tenho com o Murphy.

Esse carinha, o Murphy, desafiou os maiores gênios da física e elaborou uma lei que supera qualquer lei da gravidade ou relatividade. A inexplicável e insuportável lei de Murphy, que consiste no seguinte: "Se algo pode dar errado, dará."
O fato é que Murphy me elegeu como objeto de estudo, e vem usando sua lei de forma empírica na minha vida. Isso explica porque meu pão sempre cai com a manteiga pra baixo, dentre outras coisas que se espera (nada de listagem pra economizar nosso tempo) que dê certo, com todo otimismo do mundo, e dá errado. Esse é o Murphy, caprichoso que só, fazendo de mim uma pessoa paciente e que não desiste nunca. Vamos pensar assim né?

Então conversando com outro amigo, ele me deu uma sugestão: "porque você não engana o Murphy?" . E ele me explicou sua teoria, que se gaba de com ele dar sempre certo.

É como nos desenhos animados, quando se quer atravessar a rua e não para de passar carro, quando você não quer mais atravessar, os carros param. 
A brilhante ideia então, seria enganar o tal do Murphy, fingindo que desistiu. "Finge que não quer mais atravessar a rua e que está só indo ali comprar uma água". Aí você há de pensar: "Puxa que ideia, que ideia....idiota!". Se você não pensou, foi o que eu pensei a princípio. No entanto, se você analisar bem a essência da ideia, até que pode ser uma boa.

Eu chamaria isso de psicologia reversa, ou facilitando muito o assunto,eu enxerguei a solução como uma maneira de parar de dar tanta importância ao que se quer. Não sei se com você acontece o mesmo, mas quanto mais eu desejo alguma coisa, crio expectativas, a ansiedade faz com que o Murphy dê as caras e ele acaba fazendo uma confusão danada. E aquilo acaba escapando das minhas mãos, sendo adiado, ou caindo com a manteiga virada pro chão.

Então chega aquele momento em que você precisa tomar sérias decisões. Continuar a mercê do Murphy e contar com a sorte ou driblar o Murphy? 
"Sabe Murphy, não é você, sou eu!" Acho que já está na hora de por um ponto final na nossa relação!


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