quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pais do meu pai

O sol do meio dia rachando, os passarinhos cantando, a maioria das pessoas morrendo de calor e vovó Beroquinha - aquele "toquinho" de 1,40m e pezinho de pão de queijo -fazendo o almoço. Escuta a campainha (estranho porque ela não costuma escutar quase nada, que dirá a campainha), está preocupada em servir a comida para o vovô no horário certo (prova de seu zelo), mas deixa tudo o que está fazendo, vai até a porta e não vê ninguém.

A história se repete algumas vezes: a campainha toca, ela vai abrir e não é niguém. Ela, sorrateira, arma um "plano malígno" para pegar o meliante: de tocaia fica perto do portão à espera, e assim que a campainha toca, mais que depressa ela abre a porta e grita "rá!", saindo em disparada pela rua atrás dos pequenos travessos, que acabaram de sair da escola ali perto. E pasmem, ela conseguiu alcançá-los!

Pensei logo no pior quando ouvi essa história, achei que os meninos iriam levar uma baita surra, ter suas orelhas puxadas, um castigo quem sabe, e provavelmente logo teríamos pais enfurecidos atrás da vovó atleta; mas não, a maratona valeu apenas para um pitinho de nada "Vocês não tem vergonha não? Ali é casa de dois velhos da cabeça branca!"

Satisfeita e ofegante ela volta para casa, entretanto não se pode agradar a gregos e troianos, pois ao contar seu grande feito para o vovô ainda ganhou uma bronca:"Como você pôde dizer que eu sou velho de cabeça branca?"

3 comentários:

Você acaba de ganhar um vale-pitaco!