Os tempos andam realmente difíceis. Ganhamos pouco, gastamos muito, o que temos e o que não temos. Anda difícil ganhar a vida, e eu diria que quem consegue passar o mês com um salário mínimo, sem contrair dívida e sem morrer de fome tem mais poderes que o super homem e a mulher maravilha juntos.
Há quem tenha escutado essa semana que eu venderia um rim para ir ao show do Radiohead. Alguém tá a fim? Vendo mesmo, não preciso de dois pra viver. Houve ainda uma remota idéia de ganhar dinheiro com o corpo participando de um concurso, o World Nude Day 2009, tudo o que eu tinha que fazer era bolar um vídeo criativo vestindo o que Eva usava. Gente o prêmio é de 10.000 dólares! Ainda dá tempo, mas eu amarelei só de pensar. Mais provavél que eu recebesse algum para fazer o favor de não gravar o vídeo. Graças a Deus, e para sorte do mundo todo, às vezes eu encontro alguma vergonha.
E foi nessa onda de ganhar dinheiro com o corpo que eu me lembrei de uma história muito engraçada protagonizada, claro, por Dona Beroquinha; minha avó desde que eu nasci; que é de graça, sem fazer nada, nem falar nada, engraçada. Tem certas pessoas que tem esse dom, é a cara, é o jeito, não sei, mas a gente olha e acha graça. A minha irmã era assim quando criança, não consigo ver fotos dela dessa época e não rachar de rir.
Então voltando a história...
Almoço de família, no sábado, primos reunidos na casa da vovó. Não me lembro bem porque, ou para quê porque já faz um tempinho, mas eu, minha irmã e minha prima queríamos dinheiro, provavelmente pra gastar em besteiras, alugar filmes, comprar cds no sebo, nada de muito importante, mas tendo em vista que na época nenhuma de nós trabalhava, dinheiro para a balinha era o maior tesouro do mundo. Vovó enquanto arrumava a cozinha, fingia muito bem que não prestava atenção à nossa conversa.
Conversa vai, conversa vem, depois de muita besteira do tipo criar um conjunto de axé alemão até a idéia do "cinema farol", eis que alguma de nós solta o comentário "acho que o jeito é rodar a bolsinha né?", a outra "isso se alguém quiser" e ainda "a gente ia continuar pobre", e risos e mais risos!
Ninguém havia percebido que a vovó tinha saído da cozinha, até ela voltar carregando entre os bracinhos curtinhos um monte de coisas. E quando ela soltou tais coisas em cima da mesa com toda a dificuldade do mundo é que percebemos que eram três bolsas, veeeelhas, do tempo de mil novecentos e bolinha. "Uma pra cada uma! Pra não dar briga!" Foi o que ela disse.
Não sei ao certo o que ela entendeu, se ela não ouviu direito ou se foi só ingenuidade mesmo. Mas nenhuma de nós três se deu ao trabalho ou teve coragem de tentar explicar. Só agradecemos o presente e saímos correndo pra sala pra rolar no chão de rir.
Hahahaha... Adorei a história!! ^.^
ResponderExcluirAhahah Acho que ela acreditava no potencial de puta de vocês eheheh (e não gostava de axé alemão também :P)
ResponderExcluireu vendia o rim... os cabelos... os dedos da mão esquerda.... como eu queria ir no show do radiohead! mas, valeu pela força viu! um grande abraço!
ResponderExcluir=o*
Hahaha, Dona Beroquinha. Muito engraçado!
ResponderExcluirhaouiahauihoauahauiaa
ResponderExcluiraaah! essa historia eh otema!!!
ResponderExcluirdona beroquinha rules!
(mesmo com a conversa do picoleh preto...)
dona mayrocas
Tem meme pra voce no Micashow!
ResponderExcluirbeijomeliga!
=o*
que demais!
ResponderExcluir=}